

Itacolomi é resultado de uma extensa pesquisa de doutorado conduzida por Emerson Eller sobre a introdução da imprensa no Brasil e sua relação com Portugal. As tipografias utilizadas no jornal Abelha do Itaculumy (ver imagem acima) serviram especificamente de base para este projeto.
A investigação revela que a escassez de recursos, típica do período da colonização, levou dois artesãos brasileiros a improvisar toda uma oficina, incluindo um conjunto de tipos de metal que estão em uso no jornal citado anteriormente. As principais inspirações para esses tipos foram, de alguma forma, os modelos de tipos escoceses.
Assim como os tipos históricos brasileiros, a fonte Itacolomi também foi intrinsecamente influenciada pelos modelos conhecidos como Scotch Romans, criados na Escócia por Richard Austin e disseminados, principalmente, por William Miller e Alexander Wilson entre os séculos XVIII e XIX.


Itacolomi é uma interpretação pessoal, ao invés de um revivalismo tipográfico. É uma convergência entre as referências escocesas e as soluções visuais encontradas nos tipos da Tipografia Patrícia de Barbosa utilizados no jornal Abelha do Itaculumy.
Em suma, a Itacolomi preserva as qualidades dos famosos tipos Scotch Roman do século XIX, ao passo que adiciona uma abordagem pessoal com características únicas dos modelos brasileiros.
Possui seis pesos – romanos mais os respectivos itálicos – o que resulta em doze fontes com um extenso conjunto de caracteres que suporta mais de duzentos idiomas e inclui versaletes, ligaduras, numerais old-style e tabulares.
Verifique o specimen (pdf) para exemplos com textos corridos, conjunto de caracteres, suporte a idiomas e recursos OpenType.

Itacolomi (ou Itaculumy) significa “pedra menina” ou “menina de pedra” e, nesse contexto, refere-se ao Pico do Itacolomi, no Estado de Minas Gerais.